terça-feira, 26 de novembro de 2019

Nazismo: o filho que a esquerda não assume


Ianker Zimmer

Em um duelo ideológico, não sai vencedor aquele que diz a verdade, mas o que tem a capacidade de convencer seu público de que seu argumento é o correto. Efetivamente, portanto, o poder de persuasão define o vencedor do embate. Com isso, as histórias passam a ser contadas de acordo com as narrativas que prevalecem nos embates ideológicos. Uma das narrativas mais mentirosas adotadas e disseminadas pela esquerda no mundo é a de que o nazismo foi um regime de “extrema direita”.

No entanto, qualquer historiador ou intelectual não ideologizado pela narrativa socialista predominante que analisar os fatos históricos dentro de seu devido contexto e checar documentos chega facilmente à conclusão de que o nazismo era de esquerda. Sérgio Peixoto Silva (2015), por exemplo, definiu o partido como sendo de esquerda, considerando o programa nazista divulgado em 1920, com seus ideais e reivindicações.

Winston Churchill, em Memórias da Segunda Guerra Mundial – que lhe rendeu o Nobel de Literatura em 1953 -, escreveu que fascismo e nazismo são irmãos gêmeos, ambos filhos do comunismo. E aqui estamos falando de alguém que estudou cada átomo de Hitler e de seus capangas nazistas, como Joseph Goebbels (o facínora chefe da proganda nazista), Heinrich Himmler (líder da SS), Hermann Göring, comandante-chefe da Luftwaffe (a força aérea alemã – aquela que levou um laço da RAF, a Força Real Britânica na Batalha da Grã-Bretanha), Rudolf Hess, Martin Bormann, o puxa-saco secretário de Hitler e o açougueiro nazista Reinhard Heydrich – o grande arquiteto do Holocausto…

Além de autores e de figuras importantes, como Churchill, inúmeras características dão embasamento a qualquer pessoa séria para classificar o nazismo como um regime de esquerda. Evidentemente que, não posso deixar de mencionar, Hitler seguiu uma linha de socialismo com o incremento de suas ideias; mas a questão é o fundamento nazista – que era socialista. Esse é o âmago do raciocínio: a essência, a base, a fundamentação e os princípios do nazismo.

Antes de chegarmos nas características do nazismo, é importante esclarecer o que são direita e esquerda. Claro que tudo começa pela revolução da França e as posições no parlamento e na Assembléia, que deram origem aos termos. Todavia, com o passar do tempo, essa definição se tornou defasada e genérica. Para definirmos direita e esquerda, portanto, é necessário observar seus respectivos produtos. O principal produto da direita está em elementos como o livre mercado, o estado pequeno, a liberdade individual e o direito à propriedade privada – o que conhecermos por CAPITALISMO; a esquerda, por sua vez, tem como principal produto o estado grande e absoluto, que impõe controle sobre o mercado, sobre as liberdades e sobre as propriedades, ou seja, estatiza tudo e prioriza o coletivismo – o que conhecemos por SOCIALISMO.

Assim, grosso modo, para sintetizar, entende-se que direita equivale a capitalismo e esquerda equivale a socialismo. Lógico que há variantes, como liberalismo e conservadorismo na direita e progressismo e social-democracia (eufemismos para menchevismo) na esquerda; mas, na essência, funciona como explanei acima. Vamos em frente.

Tudo começa pelo nome Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei), que surgiu em 1920, quando Hitler assumiu o DAP (Partido do Trabalhador Alemão – Deutsche Arbeiterpartei) e rebatizou o partido. Pensemos: se o pai do nazismo batiza o partido como “socialista”, qualquer tese que define o nazismo como “direita” deveria ser, no mínimo, questionável – devido à etimologia; mas as semelhanças entre nazismo e socialismo não param por aí, pois todo o embasamento nazista teve Karl Marx como origem. Vamos entender…

O controle de preços adotado pelos nazistas, por si só, já se constitui evidência de que o nazismo era um regime de esquerda. Isso nada mais foi do que uma prova de que o ensinamento de Marx corria nas veias de Hitler! Controlar os preços é o oposto do capitalismo (livre mercado). A crítica ao livre mercado é uma característica marxista. Na Alemanha nazista, as empresas eram controladas pelo governo, sendo apenas “fachadas”. O governo determinava o que devia ser produzido, a quantidade e os salários a serem pagos. Alguns – leia-se: a esquerda ou os enganados por ela – afirmam que a Alemanha nazista era de direita por ter tido empresas “privadas”, o que em tese classificaria o país como capitalista; mas os “empresários”, na verdade, eram meros fantoches. Tudo era propriedade do estado absoluto comandado pelo Führer. Se o leitor tiver dúvidas quanto a essa questão, leia os itens 13 e 14 do programa nazista, que foi publicado em 24 de fevereiro de 1920, em Munique.

Outro princípio marxista que observamos no nazismo é o controle da imprensa (controle da imprensa, aliás, que sempre esteve na cartilha do PT). O item 23 do programa nazista, juntamente com os incisos 1, 2 e 3, são claros: controle absoluto da imprensa – bem igualzinho aos mandamentos socialistas. A vizinha Venezuela, por exemplo – padrão democrático da esquerda brasileira –, demonstra um caso clássico de repressão e de controle à imprensa.

O ódio aos princípios judaico-cristãos é mais um mandamento de Karl Marx que Hitler seguiu: no caso de Hitler, o ódio era direcionado à raça; no caso de Marx, a uma classe: os burgueses (Marx acreditava que a igreja era a base de sustentação da burguesia). Porém, na prática, o mandamento era o mesmo: exterminar o “opressor”. Enquanto o nazismo defendia um a raça ariana “superior”, o socialismo marxista pregava uma classe superior: os oprimidos do proletariado. Há algumas teorias sobre o motivo pelo qual Hitler manifestara tamanho ódio aos judeus e uma delas dá conta de que um judeu rejeitara o líder nazista (em sua juventude) na tentativa de ingresso ao curso de arquitetura. Contudo, a versão oficial afirma que os nazistas acusavam os judeus de conluio nos negócios, sendo responsabilizados em parte pela grande crise econômica pela qual atravessava a Alemanha. No Brasil, é importante lembrar, partidos como PT, Psol e PCdoB sempre se mostraram resistentes e antipáticos a Israel.

Estado grande: o nazismo implementou um estado totalitário e absoluto, no melhor estilo leninista. O item 25 da cartilha do Führer alemão é muito claro sobre isso: poder absoluto ao Reich (nome oficial para o Estado-Nação alemão no período de 1871 a 1943). Essa linha política é ensinamento de Marx, e teve Lênin como precursor com a Revolução dos Bolcheviques, em 1917, na Rússia.

É possível afirmar, como já vimos no texto, que o coletivismo é uma idiossincrasia que define muito bem o socialismo, enquanto que o capitalismo e, por conseguinte, a direita – como também já abordamos anteriormente -, é caracterizado pelo direito à liberdade individual. No nazismo, entretanto – como se sabe -, predominou o coletivismo marxista. Não havia liberdade individual. Tudo era controlado pelo estado, com o coletivismo predominando. Apenas esse fato, portanto, já refuta qualquer argumento que tente classificar o nazismo como regime de direita. Aos defensores da mentira que defende o nazismo como direita, lamento informar: a conta não fecha.

Genocídio: o extermínio em massa imposto por Hitler foi, sem dúvidas, fundamentado nos gulags (campos de concentração) bolcheviques. A estreia da ideia leninista adotada por Hitler na Alemanha foi em 1933, com o primeiro campo de concentração alemão, sob responsabilidade de Heinrich Himmler, líder da SS (a “Schutzstaffel” foi uma organização paramilitar a serviço do nazismo e de Adolf Hitler).

Culto ao grande líder: Hitler era venerado por seus seguidores. A persuasão do discurso de Hitler levou os alemães a adorá-lo e a depositarem nele a esperança pelo fim da grande crise, causada, segundo eles, pelo Tratado de Versalhes (assinado em 1919, com imposições sobre a Alemanha, após o país perder a primeira Guerra Mundial) e pelos judeus. Questionar a veneração ao Führer era imperdoável. Assim como acontecia com Lênin e Stálin.

A cor de um partido, movimento ou regime, em si, não comprova nada. No entanto, aliando isso a um conjunto de características, pode significar muito. O vermelho nazista é igualzinho a todas as bandeiras do socialismo. Sem falar nos gestos com os punhos erguidos – e aqui me refiro a Lenin.

A perpetuação no poder é o objetivo de todo governo marxista e os nazistas chegaram ao poder da forma mais clássica leninista, “assumindo o poder sem qualquer escrúpulo”, como ensinou Lênin. O partido de Hitler dominou o parlamento, inicialmente comendo pelas beiradas, mas dominando tudo assim que teve oportunidade. Usaram a repressão da SS, juntamente com a força da violenta SA (a Sturmabteilung – uma espécie de tropa de choque composta por fanáticos do partido nazista), como ferramentas para eliminar os opositores. Um exemplo da doentia sede nazista pelo poder foi o incêndio do Reichstag, em Berlin, em 27 de fevereiro de 1933, quando o braço direito de Hitler, Joseph Goebbels, ordenou ao líder da SA fazer o serviço e acusar os opositores. O fato foi o estopim para a tomada do poder de Hitler, então chanceler na Alemanha, que passou a ter cada vez mais força. Com a morte do presidente da então República de Weimar, Paul von Hindenburg, em 2 de Agosto de 1934, Hitler fundiu os cargos de presidente e chanceler. Com isso, se tornou o Fürher absoluto. Semelhante a Lenin; depois Stalin. Aprendeu bem.

Atualmente, muitos acabam fazendo confusão pelo fato de o partido nazista ser rival do partido comunista alemão (acusado pelo incêndio), mas isso é irrelevante. Nazistas e comunistas eram duas correntes socialistas diferentes em conflito, mas com a mesma raiz ideológica: o marxismo. Grosso modo, seria como se o PT e o PCdoB brigassem pelo poder no Brasil. Aqui jaz o elemento chave que decifra a charada: a disputa de duas gangues pelo poder. Esse era o motivo da oposição de Hitler aos comunistas.

Se formos levar em conta o caso do governo petista, num socialismo mais bolivariano, a doentia luta pelo domínio absoluto e pela perpetuação no poder no Brasil iniciou com a tentativa de compra do Congresso com o Mensalão e com o Petrolão, além do aparelhamento das instituições, Além disso, o aprisionamento dos eleitores com as políticas populistas irresponsáveis (se o nazismo usava a repressão e os campos de concentração para prender, o petismo prendeu pessoas com o assistencialismo e com o terrorismo eleitoral). Mais uma vez, como vemos, a diferença é o método, com o mesmo efeito prático: a busca pelo domínio absoluto e a perpetuação no poder.

Domínio na cultura: se na Alemanha nazista houve a conhecida queima de livros (Bücherverbrennung), idealizada por Joseph Goebbels e realizada em 10 de maio de 1933, nas últimas décadas vimos a esquerda e seus movimentos dominarem o Brasil. Eles não queimaram livros, mas boicotaram autores liberais e conservadores, seja na mídia, nas universidades, em congressos ou qualquer lado do campo cultural. O método é diferente, como já disse, porém o resultado e o embasamento ideológico são os mesmos. A esquerda brasileira usa há décadas o ensinamento de outro pensador marxista: Antônio Gramsci. Segundo ele, a tomada de poder deve ocorrer pelo domínio cultural. Basta ler qualquer livro didático de história e de geografia distribuído no governo do PT para ver Zé Dirceu sendo apresentado como herói revolucionário. Além disso, no campo artístico, há quem diga que a Lei Rouanet serviu para a compra de opinião artística. Alguém tem dúvida?

Por mais de 100 anos a ideologia marxista serviu como inspiração e lei para a fundação de regimes totalitários, como o nazismo, que assolaram países pelo mundo. Muitos países ainda estão debaixo dessa ideologia genocida, como bem citamos acima a Venezuela do tiranete Maduro.

O nazismo tem um pai, e ele é o socialismo marxista – e esta catacrese é inevitável, pois o marxismo gerou muitos filhos, e todos maus. A única diferença entre socialismo e nazismo está na quantidade de mortes: o socialismo exterminou mais de 100 milhões de pessoas (indico a leitura do Livro Negro do Comunismo), enquanto o nazismo ceifou, direta e indiretamente, 40 milhões de pessoas

Na guerra das narrativas sempre venceu quem gritou mais alto e nisso os movimentos de esquerda sempre foram especialistas. Mas o jogo virou. As pessoas honestas não deglutem mais qualquer bobajol marxista. A verdade, pouco a pouco, começa a aparecer. Uma a uma, as mentiras da esquerda vão sendo derrubadas.

Ah, mas “Hitler pregava contra o marxismo”… Meu amigo, Hitler foi tão opositor às ideias de Marx que seguiu cada mandamento do prussiano autor do Manifesto Comunista e de O Capital, como, por exemplo, o ódio aos homossexuais, os quais, para Marx, faziam parte do “lumpemproletariado” (a escória, para Marx).

O nazismo é filho da esquerda.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Lula, o Rei do Supremo


Nos dois últimos anos o STF trabalhou quase exclusivamente para o Lula. Só no caso do triplex foram julgados 80 recursos. A saber:

9 agravos de decisão de recursos Especial e Extraordinário
9 habeas corpus
7 habeas corpus
5 recursos especiais
5 recursos extraordinários
4 agravos regimentais
3 agravos em habeas corpus
3 agravos internos em habeas corpus
3 agravos regimentais
3 exceções de suspeição criminal
2 agravos em Recurso Especial
2 embargos de declaração
2 exceções de suspeição criminal
2 habeas corpus
2 mandados de segurança
2 reclamações
1 ação civil originária
1 agravo regimental
1 apelação criminal
1 embargo de declaração
1 embargo de declaração
1 embargo de declaração contra acórdão
1 embargo de declaração em embargos de declaração em apelação criminal
1 embargo de declaração em habeas corpus
1 exceção de incompetência criminal
1 incidente de falsidade criminal.
1 pedido de reconsideração
1 pedido de tutela provisória
1 petição
1 reclamação
1 recurso criminal em sentido estrito
1 recurso extraordinário ao habeas corpus
1 recurso extraordinário com agravo

A má vontade da mídia com Bolsonaro - Rodrigo Constantino


Alguns colegas jornalistas juram de pé junto que são totalmente imparciais, que não deixam ideologia entrar em suas análises, que barram todo e qualquer preconceito na hora de julgar atos ou relatar fatos. Afirmam, sem corar, que a cobertura da imprensa em geral é a mesma quando se trata de Lula, FHC, Temer ou Bolsonaro. Acredite quem quiser.

Já eu tenho bem claro que há evidente viés "progressista" na mídia mainstream, e que isso leva a uma má vontade enorme com Bolsonaro, postura que jamais foi a mesma com petistas ou tucanos. É o mesmo fenômeno que ocorre nos Estados Unidos, e basta comparar Obama, amado pela imprensa, com Trump, odiado. Mais de 90% da cobertura sobre o governo atual é negativa, mesmo com a menor taxa de desemprego da história!

Os jornalistas gostam de se enxergar como analistas totalmente isentos, imparciais, mas há farta evidência e literatura que mostra o contrário. Não vou me ater tanto aos detalhes, pois tenho convicção de que o leitor concorda com essa minha conclusão. Vou apenas dar alguns exemplos dessa má vontade.

Se Bolsonaro segura o envio da reforma administrativa por sentir pressão política e achar que o momento é inadequado, é porque ele foi covarde; mas se ele manda uma reforma federativa ousada para acabar com municípios, uma demanda louvável mas algo que dificilmente vai acontecer, então é porque ele foi bobo.

A questão dos ministros é ainda mais gritante. Se ministros como Paulo Guedes, Tarcisio Gomes de Freitas e Sergio Moro fazem coisas boas, isso foi apesar do presidente, que é seu chefe e quem os escolheu e delegou autonomia; mas se algum ministro escorrega, comete um erro ou se mostra mais ideológico do que pragmático, aí é culpa direta do presidente, porque os apontou.

O caso do DPVAT também é interessante. Bolsonaro é o primeiro presidente a acabar com dois tributos de forma totalmente voluntária, por convicção e não necessidade. Não obstante, quando seu governo anunciou o fim do DPVAT, palco de muita ineficiência, o destaque de boa parte da imprensa foi sensacionalista, mostrando famílias vítimas de acidentes que poderiam ficar sem assistência, sendo que todos podem se tratar no SUS. O secretário Adolfo Sachsida desabafou: reconhece que o DPVAT era ineficiente e corrupto. Mante-lo provavelmente exigiria aumento de tarifas. Metade de sua arrecadação servia para bancar o administrativo. Ainda assim, quando o foco não foi o sensacionalismo, a mídia preferiu destacar que o desafeto do presidente, Luciano Bivar, seria afetado pela decisão, como se fosse apenas uma vingança pessoal. Uma decisão que sua equipe econômica já tomara faz tempo!

Às vezes fico com a nítida impressão de que, para alguns, não importa o que aconteça, Bolsonaro estará sempre errado! E o pior é que fazem essa "análise" como se fosse totalmente imparcial, baseada apenas em fatos, jamais em ideologia. Afinal, ideológicos são sempre os outros...