Ianker
Zimmer
Em um duelo
ideológico, não sai vencedor aquele que diz a verdade, mas o que tem a
capacidade de convencer seu público de que seu argumento é o correto.
Efetivamente, portanto, o poder de persuasão define o vencedor do embate. Com
isso, as histórias passam a ser contadas de acordo com as narrativas que
prevalecem nos embates ideológicos. Uma das narrativas mais mentirosas adotadas
e disseminadas pela esquerda no mundo é a de que o nazismo foi um regime de “extrema
direita”.
No entanto,
qualquer historiador ou intelectual não ideologizado pela narrativa socialista
predominante que analisar os fatos históricos dentro de seu devido contexto e
checar documentos chega facilmente à conclusão de que o nazismo era de
esquerda. Sérgio Peixoto Silva (2015), por exemplo, definiu o partido como
sendo de esquerda, considerando o programa nazista divulgado em 1920, com seus
ideais e reivindicações.
Winston
Churchill, em Memórias da Segunda Guerra Mundial – que lhe rendeu o Nobel de
Literatura em 1953 -, escreveu que fascismo e nazismo são irmãos gêmeos, ambos
filhos do comunismo. E aqui estamos falando de alguém que estudou cada átomo de
Hitler e de seus capangas nazistas, como Joseph Goebbels (o facínora chefe da
proganda nazista), Heinrich Himmler (líder da SS), Hermann Göring,
comandante-chefe da Luftwaffe (a força aérea alemã – aquela que levou um laço
da RAF, a Força Real Britânica na Batalha da Grã-Bretanha), Rudolf Hess, Martin
Bormann, o puxa-saco secretário de Hitler e o açougueiro nazista Reinhard
Heydrich – o grande arquiteto do Holocausto…
Além de
autores e de figuras importantes, como Churchill, inúmeras características dão
embasamento a qualquer pessoa séria para classificar o nazismo como um regime
de esquerda. Evidentemente que, não posso deixar de mencionar, Hitler seguiu
uma linha de socialismo com o incremento de suas ideias; mas a questão é o
fundamento nazista – que era socialista. Esse é o âmago do raciocínio: a
essência, a base, a fundamentação e os princípios do nazismo.
Antes de
chegarmos nas características do nazismo, é importante esclarecer o que são
direita e esquerda. Claro que tudo começa pela revolução da França e as
posições no parlamento e na Assembléia, que deram origem aos termos. Todavia,
com o passar do tempo, essa definição se tornou defasada e genérica. Para definirmos
direita e esquerda, portanto, é necessário observar seus respectivos produtos.
O principal produto da direita está em elementos como o livre mercado, o estado
pequeno, a liberdade individual e o direito à propriedade privada – o que
conhecermos por CAPITALISMO; a esquerda, por sua vez, tem como principal
produto o estado grande e absoluto, que impõe controle sobre o mercado, sobre
as liberdades e sobre as propriedades, ou seja, estatiza tudo e prioriza o
coletivismo – o que conhecemos por SOCIALISMO.
Assim,
grosso modo, para sintetizar, entende-se que direita equivale a capitalismo e
esquerda equivale a socialismo. Lógico que há variantes, como liberalismo e
conservadorismo na direita e progressismo e social-democracia (eufemismos para
menchevismo) na esquerda; mas, na essência, funciona como explanei acima. Vamos
em frente.
Tudo começa
pelo nome Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães
(Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei), que surgiu em 1920, quando
Hitler assumiu o DAP (Partido do Trabalhador Alemão – Deutsche Arbeiterpartei)
e rebatizou o partido. Pensemos: se o pai do nazismo batiza o partido como
“socialista”, qualquer tese que define o nazismo como “direita” deveria ser, no
mínimo, questionável – devido à etimologia; mas as semelhanças entre nazismo e
socialismo não param por aí, pois todo o embasamento nazista teve Karl Marx
como origem. Vamos entender…
O controle
de preços adotado pelos nazistas, por si só, já se constitui evidência de que o
nazismo era um regime de esquerda. Isso nada mais foi do que uma prova de que o
ensinamento de Marx corria nas veias de Hitler! Controlar os preços é o oposto
do capitalismo (livre mercado). A crítica ao livre mercado é uma característica
marxista. Na Alemanha nazista, as empresas eram controladas pelo governo, sendo
apenas “fachadas”. O governo determinava o que devia ser produzido, a
quantidade e os salários a serem pagos. Alguns – leia-se: a esquerda ou os
enganados por ela – afirmam que a Alemanha nazista era de direita por ter tido
empresas “privadas”, o que em tese classificaria o país como capitalista; mas
os “empresários”, na verdade, eram meros fantoches. Tudo era propriedade do
estado absoluto comandado pelo Führer. Se o leitor tiver dúvidas quanto a essa
questão, leia os itens 13 e 14 do programa nazista, que foi publicado em 24 de
fevereiro de 1920, em Munique.
Outro
princípio marxista que observamos no nazismo é o controle da imprensa (controle
da imprensa, aliás, que sempre esteve na cartilha do PT). O item 23 do programa
nazista, juntamente com os incisos 1, 2 e 3, são claros: controle absoluto da
imprensa – bem igualzinho aos mandamentos socialistas. A vizinha Venezuela, por
exemplo – padrão democrático da esquerda brasileira –, demonstra um caso
clássico de repressão e de controle à imprensa.
O ódio aos
princípios judaico-cristãos é mais um mandamento de Karl Marx que Hitler
seguiu: no caso de Hitler, o ódio era direcionado à raça; no caso de Marx, a
uma classe: os burgueses (Marx acreditava que a igreja era a base de sustentação
da burguesia). Porém, na prática, o mandamento era o mesmo: exterminar o
“opressor”. Enquanto o nazismo defendia um a raça ariana “superior”, o
socialismo marxista pregava uma classe superior: os oprimidos do proletariado.
Há algumas teorias sobre o motivo pelo qual Hitler manifestara tamanho ódio aos
judeus e uma delas dá conta de que um judeu rejeitara o líder nazista (em sua
juventude) na tentativa de ingresso ao curso de arquitetura. Contudo, a versão
oficial afirma que os nazistas acusavam os judeus de conluio nos negócios,
sendo responsabilizados em parte pela grande crise econômica pela qual
atravessava a Alemanha. No Brasil, é importante lembrar, partidos como PT, Psol
e PCdoB sempre se mostraram resistentes e antipáticos a Israel.
Estado grande:
o nazismo implementou um estado totalitário e absoluto, no melhor estilo
leninista. O item 25 da cartilha do Führer alemão é muito claro sobre isso:
poder absoluto ao Reich (nome oficial para o Estado-Nação alemão no período de
1871 a 1943). Essa linha política é ensinamento de Marx, e teve Lênin como
precursor com a Revolução dos Bolcheviques, em 1917, na Rússia.
É possível
afirmar, como já vimos no texto, que o coletivismo é uma idiossincrasia que
define muito bem o socialismo, enquanto que o capitalismo e, por conseguinte, a
direita – como também já abordamos anteriormente -, é caracterizado pelo
direito à liberdade individual. No nazismo, entretanto – como se sabe -,
predominou o coletivismo marxista. Não havia liberdade individual. Tudo era controlado
pelo estado, com o coletivismo predominando. Apenas esse fato, portanto, já
refuta qualquer argumento que tente classificar o nazismo como regime de
direita. Aos defensores da mentira que defende o nazismo como direita, lamento
informar: a conta não fecha.
Genocídio:
o extermínio em massa imposto por Hitler foi, sem dúvidas, fundamentado nos
gulags (campos de concentração) bolcheviques. A estreia da ideia leninista
adotada por Hitler na Alemanha foi em 1933, com o primeiro campo de
concentração alemão, sob responsabilidade de Heinrich Himmler, líder da SS (a
“Schutzstaffel” foi uma organização paramilitar a serviço do nazismo e de Adolf
Hitler).
Culto ao
grande líder: Hitler era venerado por seus seguidores. A persuasão do discurso
de Hitler levou os alemães a adorá-lo e a depositarem nele a esperança pelo fim
da grande crise, causada, segundo eles, pelo Tratado de Versalhes (assinado em
1919, com imposições sobre a Alemanha, após o país perder a primeira Guerra
Mundial) e pelos judeus. Questionar a veneração ao Führer era imperdoável.
Assim como acontecia com Lênin e Stálin.
A cor de um
partido, movimento ou regime, em si, não comprova nada. No entanto, aliando
isso a um conjunto de características, pode significar muito. O vermelho
nazista é igualzinho a todas as bandeiras do socialismo. Sem falar nos gestos
com os punhos erguidos – e aqui me refiro a Lenin.
A
perpetuação no poder é o objetivo de todo governo marxista e os nazistas
chegaram ao poder da forma mais clássica leninista, “assumindo o poder sem
qualquer escrúpulo”, como ensinou Lênin. O partido de Hitler dominou o
parlamento, inicialmente comendo pelas beiradas, mas dominando tudo assim que
teve oportunidade. Usaram a repressão da SS, juntamente com a força da violenta
SA (a Sturmabteilung – uma espécie de tropa de choque composta por fanáticos do
partido nazista), como ferramentas para eliminar os opositores. Um exemplo da
doentia sede nazista pelo poder foi o incêndio do Reichstag, em Berlin, em 27
de fevereiro de 1933, quando o braço direito de Hitler, Joseph Goebbels,
ordenou ao líder da SA fazer o serviço e acusar os opositores. O fato foi o
estopim para a tomada do poder de Hitler, então chanceler na Alemanha, que
passou a ter cada vez mais força. Com a morte do presidente da então República
de Weimar, Paul von Hindenburg, em 2 de Agosto de 1934, Hitler fundiu os cargos
de presidente e chanceler. Com isso, se tornou o Fürher absoluto. Semelhante a
Lenin; depois Stalin. Aprendeu bem.
Atualmente,
muitos acabam fazendo confusão pelo fato de o partido nazista ser rival do
partido comunista alemão (acusado pelo incêndio), mas isso é irrelevante.
Nazistas e comunistas eram duas correntes socialistas diferentes em conflito,
mas com a mesma raiz ideológica: o marxismo. Grosso modo, seria como se o PT e
o PCdoB brigassem pelo poder no Brasil. Aqui jaz o elemento chave que decifra a
charada: a disputa de duas gangues pelo poder. Esse era o motivo da oposição de
Hitler aos comunistas.
Se formos
levar em conta o caso do governo petista, num socialismo mais bolivariano, a
doentia luta pelo domínio absoluto e pela perpetuação no poder no Brasil
iniciou com a tentativa de compra do Congresso com o Mensalão e com o Petrolão,
além do aparelhamento das instituições, Além disso, o aprisionamento dos
eleitores com as políticas populistas irresponsáveis (se o nazismo usava a
repressão e os campos de concentração para prender, o petismo prendeu pessoas
com o assistencialismo e com o terrorismo eleitoral). Mais uma vez, como vemos,
a diferença é o método, com o mesmo efeito prático: a busca pelo domínio
absoluto e a perpetuação no poder.
Domínio na
cultura: se na Alemanha nazista houve a conhecida queima de livros
(Bücherverbrennung), idealizada por Joseph Goebbels e realizada em 10 de maio
de 1933, nas últimas décadas vimos a esquerda e seus movimentos dominarem o
Brasil. Eles não queimaram livros, mas boicotaram autores liberais e
conservadores, seja na mídia, nas universidades, em congressos ou qualquer lado
do campo cultural. O método é diferente, como já disse, porém o resultado e o
embasamento ideológico são os mesmos. A esquerda brasileira usa há décadas o
ensinamento de outro pensador marxista: Antônio Gramsci. Segundo ele, a tomada
de poder deve ocorrer pelo domínio cultural. Basta ler qualquer livro didático
de história e de geografia distribuído no governo do PT para ver Zé Dirceu
sendo apresentado como herói revolucionário. Além disso, no campo artístico, há
quem diga que a Lei Rouanet serviu para a compra de opinião artística. Alguém
tem dúvida?
Por mais de
100 anos a ideologia marxista serviu como inspiração e lei para a fundação de
regimes totalitários, como o nazismo, que assolaram países pelo mundo. Muitos
países ainda estão debaixo dessa ideologia genocida, como bem citamos acima a
Venezuela do tiranete Maduro.
O nazismo
tem um pai, e ele é o socialismo marxista – e esta catacrese é inevitável, pois
o marxismo gerou muitos filhos, e todos maus. A única diferença entre
socialismo e nazismo está na quantidade de mortes: o socialismo exterminou mais
de 100 milhões de pessoas (indico a leitura do Livro Negro do Comunismo),
enquanto o nazismo ceifou, direta e indiretamente, 40 milhões de pessoas
Na guerra
das narrativas sempre venceu quem gritou mais alto e nisso os movimentos de
esquerda sempre foram especialistas. Mas o jogo virou. As pessoas honestas não
deglutem mais qualquer bobajol marxista. A verdade, pouco a pouco, começa a
aparecer. Uma a uma, as mentiras da esquerda vão sendo derrubadas.
Ah, mas
“Hitler pregava contra o marxismo”… Meu amigo, Hitler foi tão opositor às
ideias de Marx que seguiu cada mandamento do prussiano autor do Manifesto
Comunista e de O Capital, como, por exemplo, o ódio aos homossexuais, os quais,
para Marx, faziam parte do “lumpemproletariado” (a escória, para Marx).
O nazismo é
filho da esquerda.
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